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domingo, 14 de junho de 2015
sexta-feira, 12 de junho de 2015
Das faces do preconceito
Ela levantou cedo, animada, pronta para começar o dia. Doze de junho. A cama vazia mas o coração funcionando. O amor precisa saber enfrentar a distância dos turnos, plantões e horários de trabalho trocados. Quando estivesse com o namorado de novo faria alguma coisa pelas convenções.
Mas antes havia outro grande amor para cuidar: rabo abanando, pulos e muita baba. Sua cachorrinha enlouquecida, esperando a rotina matinal de carinho, brincadeiras e biscoitos. Enquanto pulavam no quintal, ela disse:
- Quem é minha namorada? Quem é minha namoradinha?
A cachorra respondeu com uma lambida no rosto da humana. A vizinha, que passava pelo portão, parou:
- Cruzes, Deus me livre! Como que você fala uma coisa dessa? Namorar uma cachorra, isso é pecado!
- É só brincadeira, Dona Dalva.
- Nem brinca com uma coisa dessas! Ela é uma "feminha", se ainda fosse um cachorro!
Feliz Dia dos Namorados para quem ama sem preconceitos (para quem tem preconceito também, porque o amor transforma)
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